Com o objectivo de preparar a discussão do Plano e Orçamento para 2009 – documentos que o PS considera muito importantes, pela importância que os importantes vêem na importante problemática da proeminente importância do futuro autárquico, eleitoral e pessoal – foi convocada uma reunião do Grupo daquele Partido para discutir os documentos.
Damos conta de como decorreu parte daqueles trabalhos… um infiltrado do CIC estava lá…
Telma – Ó Martins, telefonaste aos vereadores para virem?
Martins – A quem?? Querias que fosse chamar os gajos do PSD para a nossa reunião?...
Telma – Não… os outros…
Martins – Que outros? Não te estás a referir aos que passam a vida de Castelo Branco para baixo, pois não?.... O Nascimento e o Pereira já são mais vereadores do Morão do que daqui…
Telma – Não passamos todos a vida daí para baixo?? Bem disse para porem o Call Center da Segurança Social aqui na Covilhã… sempre por cá ficava eu… ah… tens razão… tu, de facto, és o único que é pago para passar mais tempo aqui do que lá em baixo…
Hélio (chegando de rompante e gesticulando à Sócrates) – Boa noite camaradas… Ainda bem que marcaram esta reunião… estamos, então, de Parabéns…
Telma – Então? Já arranjámos candidato?...
Martins – Não…isso do candidato não pode ser verdade, porque ninguém me perguntou nada! Não me digas que conseguimos analisar o Plano e Orçamento para o Ano 2009!... estive a olhar para aquilo…eh pá… números e mais números… nem a tabuada que aprendi nas Novas Oportunidades tem tantos números… Liguei ao meu Tesoureiro da Junta… nem o gajo percebe nada daquilo… os gajos da maioria congeminam cada coisa…
Hélio (irando à Sócrates) – Não e não!!! Então ainda não sabem?!?!
Telma e Martins (em uníssono) – Mas não sabem o quê, Fazendeiro?
Hélio (qual Sócrates a vender Magalhães) – O nosso homem, o meu ídolo, o Zé, o teu Chefe, Martins, deu uma alegria ao País…
Telma (pensativa) – Acabou com a crise?
Martins – Correu com o Alegre?
Hélio (vendo-se como Sócrates no papel de Chávez) – E porque não se calam???
Telma – Ó Sósia… vem com calma… lá por seres líder da bancada deves respeito à Presidente da Comissão Política…
Martins – O braço direito do Zé sou eu… não se esqueçam…
João Correia (entrando de rompante) – Desculpem o atraso… estive a acabar de ler…
Telma, Martins e Hélio (em coro, à três tenores) – O Plano e Orçamento…
João Correia – O quê? Do que é que estão a falar? Não. Estive a acabar de ler os artigos de opinião dos jornais que dão porrada no Sócrates…
(Hélio contorce-se como se fosse ele a apanhar)
João Correia (continuando como se nada fosse com ele) - …por dar milhões à Banca para resolver os problemas que os gestores milionários foram criando ao longo dos anos, não ligar a outras empresas em dificuldades, e continuar a defender um Orçamento irrealista…
Telma – Ó Hélio este Correia também tem tiques… mas de Alegre… era por isto que dizias que estamos de Parabéns???
Hélio (compondo a gravata unicolor) – Não… o nosso Zé… epá… ficou em 6º!!! Em 6º!!! O 6º mais elegante… nem há palavras… ainda por cima escolhido pelos nuestros hermanos…
Telma (ruborizando) – É verdade… se eu fosse mais engraçadita… ainda tentava o lugar da jornalista… qual crise, qual quê? Que importa a Banca, o PEC, o irrealismo do Orçamento…
Martins – Orçamento… Orçamento… mas nós não vínhamos discutir a estratégia e o que vamos dizer amanhã?...
João Correia – Eu não tenho estratégia porque me vou abster…
Hélio (apertando a mão ao Correia como o Sócrates ao Barroso na Cimeira de Lisboa) – Porreiro pá!!! Eu não posso estar… tenho compromissos em Lisboa… 6º lugar… porreiro pá!
Telma – Eu tenho as plantas lá do gabinete do Call Center para regar… afinal já fui da Quercus… e a minha vida não é aqui… é lá…
Martins – Ninguém há-de reparar… os gajos do PC e do BE hão-de massacrar os gajos… vou mas é ver o placar fúnebre para ver se tenho que agendar algum compromisso para amanhã… eu gosto é de enterros… então os enterros políticos…
Despediram-se e seguiu cada um o seu caminho… Há-de haver alguém que vai, um dia, fechar a porta!!!